terça-feira, 16 de junho de 2009

Tráfico ilegal de armas
Tráfico internacional de armas tem colaborado com os conflitos ao redor do globo. Desde a Guerra Fria, o envio de armas era feito basicamente pelos Estados Unidos e pela União Soviética para seus aliados com fins políticos ou estratégicos. O grande volume de armas abasteceu militarmente a maior parte do continente africano, partes da Ásia, América Latina e Leste Europeu, contribuindo com os conflitos que emergiram a partir da década de 1980. Mesmo com a busca e restrições ao comércio e transferências de armas a estrutura do mundo, durante os anos entre 1950 e 1990 (período da Guerra Fria), o comércio e a transferência de armas aumentou. As únicas restrições às transferências de armas eram entre os dois blocos, no entanto, entre países aliados, ou países financiando organizações não estatais aliadas, tais ações foram realizadas em grande escala. O mundo em desenvolvimento foi então inundado de armas pequenas e armas leves, que em parte são até hoje utilizadas em conflitos. Com o final da Guerra Fria e início dos anos 1990, criou-se uma nova tendência no comércio de armas. Além das transferências realizadas entre Estados, algumas organizações privadas não estatais começaram a suprir boa parte da demanda mundial por armamentos, principalmente de maneira ilegal. Isso se explica, em parte, pelo fim das tensões bipolares que fez com que houvesse um “destravamento” dentro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, havendo um aumento considerável de intervenções humanitárias e também do uso de embargos de armas a países de regiões em conflito.
Um estudo do Sipri (Instituto Sueco que estuda indústria de armamentos em todo o planeta) divulgou o seu relatório anual de 2007, o qual mostrou que a despesa militar no mundo em 2006 chegou a US$ 1,2 trilhão, um aumento de 3,5% em relação a 2005 e de 37% em 10 anos. A despesa média per capta subiu de US$ 173 para US$ 184. Os maiores gastos internacionais foram dos EUA, que de 2001 a 2006 desembolsou um total de US$ 432 bilhões anualmente e que, segundo as estimativas, em 2016 para a Guerra do Iraque, deve despender um total de US$ 2,2 trilhões. Até o momento é o país que mais gasta em armas no seu orçamento trilionário, em torno 46% do total mundial. Sobre a venda de armas em todo o mundo, os EUA venderam em 2005 US$ 290 bilhões ou 63% do total e 32 empresas européias são responsáveis por 29% do total.


Ana Karolyne Aparecida dos Santos, nº 04.

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